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Norte Argentino: tudo que você precisa saber sobre Salta e Jujuy

Imagine a Argentina! Vai! Qual imagem veio à sua mente?! Se controle!! Isole do pensamento o Messi, o vinho, o dulce de leche e o tango. Estou falando para tentar visualizar geograficamente mesmo. Às vezes, a gente fica tão focado na capital Buenos Aires, em Bariloche, em Mendoza e na Patagônia – com seus simpáticos pinguins – que esquece a imensidão do território vizinho. Esquece, por exemplo, que a Argentina é o segundo maior país da América do Sul. A extensão só é menor que a do Brasil, mas é tão rica em paisagens quanto a nossa. E foi preciso eu ir para o norte argentino (especificamente, para Salta e Jujuy) para me dar conta disso.

A Argentina é dividida em 23 províncias que, leiga e didaticamente falando, seriam equivalentes aos nossos estados. Jujuy, Salta e outras sete províncias formam a Região do Norte Grande Argentino. O mais impressionante sobre essa região é que ela praticamente o “elo” com os demais países – já que faz fronteira com o Chile, com a Bolívia, com o Paraguai e com o Brasil.

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Jujuy e Salta ficam na ponta, lá no noroeste, nas bordas chilena e boliviana. Por isso, muita gente que faz road trips ou mochilão passa por lá quando sai do Brasil em direção ao Deserto do Atacama ou Salar de Uyuni. Aliás, se você estiver programando um tour pela Sudamerica, não deixe de incluir a região no seu roteiro!

Não foi o meu caso. Numa janela excepcional da história da Aerolíneas Argentinas, por conta de reformas nos aeroportos de Puerto Iguazu e de Salta, meu voo foi alterado. Saí de Foz do Iguaçu diretamente para Jujuy. Mas esse não é um voo direto disponível pela companhia. A única cidade brasileira que tem essa possibilidade é São Paulo, com voos diretos aos sábados. A duração é de três horas. Nos demais dias, há conexão em Buenos Aires – mesmo pit stop de quem opta por ir para o aeroporto de Salta.

Novidade::: Há um novo voo direto de Foz do Iguaçu para Salta pela Andes Líneas Aéreas! A saída é aos sábados. Outra opção, são três voos diretos de Puerto Iguazu para Salta. 

Aeroportos

Os aeroportos argentinos passam por reformas. A estrutura em Jujuy será ampliada. Hoje, conta com locadoras de carros, guichês de táxis e remis e um quiosque do Ministério do Turismo. Só há uma opção de restaurante e existem algumas lojas onde é possível comprar snacks e lembrancinhas.

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O Aeroporto Internacional Governador Horacio Guzmán fica a 31 km de San Salvador de Jujuy e a 64 km de Salta. Na chegada, você tem algumas opções:

– ir para a capital, para desbravar a cidade;

– ir para Purmamarca – a cidade mais visitada da Quebrada de Humahuaca (foi o que eu fiz!);

– ir diretamente para Salta (essa opção é a que faz menos sentido, a menos que você tenha pressa e tenha optado pelo voo direto para otimizar o tempo);

No próprio aeroporto existe a oferta de várias formas de transporte. Como a minha viagem foi a convite dos Ministérios do Turismo de Jujuy e de Salta, todos os meus transfers e tours foram realizados pela La Caldera Viajes y Turismo (e, preciso contar que, acostumada com perrengues que sou, voltei mal-acostumada com o conforto, praticidade e livre demanda de informações ao longo dos cinco dias!). Vou citar os valores de abril de 2018 para você ter uma noção!

:::Valores de Jujuy para Salta::: (expostos no aeroporto)

– Ônibus (La Veloz del Norte) 200 pesos;

– Táxi Oficial do Aeroporto 1.250,00 pesos;

– Agências de Turismo (contratar com antecedência);

– Alugar um carro.

Hotel

Ao longo dos cinco dias no norte argentino, passei por três hotéis:

Jujuy | Purmamarca | Colores de Purmamarca

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O hotel parece um condomínio fechado de sobrados. Você reserva a estrutura completa ou apenas o quarto. A casa em que nos hospedamos tem duas suítes, no térreo, e, no segundo andar, uma cozinha completa, mesa de jantar, lareira, sala de estar e varanda com churrasqueira. O bônus – e QUE bônus – é a vista incrível do Cerro de los Siete Colores!

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Salta | La Caldera| Hostería La Caldera

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Passei duas noites em La Caldera, que fica a 25 km de Salta. A Hostería, que tem o mesmo nome da cidade, surpreende. Me hospedei na suíte principal. Ela fica no mesmo casarão da recepção e do restaurante. Há também alas anexas onde ficam as outras opções de quarto. Tranquila e aconchegante, a hostería tem um ar bucólico garantido pelas montanhas ao redor, e, de quebra, tem um restaurante que considerei o melhor da viagem!

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Salta | Salta | Delvino Boutique Hotel

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No coração de Salta, o Delvino se destaca pela localização, mas, também, pela proposta: é um hotel temático – do nome dos quartos à adega, vista logo na chegada. Oferece quartos aconchegantes e com ótimo tamanho. A suíte Torrontes é um caso à parte. Dividida em sala de estar, quarto, closet e banheiro – com banheira -, difícil é ter vontade de deixar o quarto!

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O QUE VISITAR?

Claro que farei um post detalhadíssimo sobre cada ponto citado aqui, mas, vou fazer um resumo!

Jujuy -> Quebrada de Humahuaca: declarada Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade pela Unesco, é o conjunto de uma série de atrativos naturais e históricos, dos cerros multicoloridos às fortalezas indígenas. Conta também com a riqueza do artesanato feito nos pueblitos ao longo do trajeto. Uma das paradas mais famosas é Purmamarca, onde está o Cerro de los Siete Colores.

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Jujuy e Salta -> Camino de Cornisa: Uma das maneiras de ir de Jujuy para Salta é a ruta nacional 9, pelo chamado Camino de Cornisa. A estrada, feita de curvas, corta as Yungas – a floresta tropical – contornando as montanhas. A estrada fica à beira do precipício, o que deixa o trecho ainda mais emocionante.

La Caldera -> Cristo Penitente, Igreja, Dique Alegre, Passeio de Bike e Cavalgada: La Caldera é uma cidade pequena, mas oferece opções de passeios diferentes! Da visita à imagem do Cristo Penitente ao passeio de bike pelo Camino de Cornisa e Cavalgada pelas montanhas da região. Reserve dois dias para curtir com calma.  

Rafael, da Turismo Alternativo Camino del Inca, em La Caldera.
Rafael, da Turismo Alternativo Camino del Inca, em La Caldera.

Salta -> Tren a las Nubes, Catedral, Balcarce, Virgen del Cerro, Teleferico San Bernardo: um trem que passa de 4 mil metros de altitude, uma catedral que carrega imagens que condensam a história – e religiosidade – da cidade, uma rua que abriga baladas e, aos domingos, a principal feira de artesanato da cidade, um cerro onde a Virgem Maria apareceu para uma camponesa – e virou ponto de peregrinação e um teleférico que proporciona uma das vistas mais belas da cidade. Ufa! Esse é o resumo do resumo do resumo!

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Fiz esse pot-pourri só para mostrar que sobram motivos para conhecer o norte argentino! Isso que nem citei as vinícolas das cidades próximas – que, nessa ida, não tive tempo de conhecer.

Nos próximos posts, contarei mais sobre cada uma das cidades visitadas! Não percam!!

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Amabyle Sandri

Jornalista de viagens apaixonada por contar histórias. Criou o Amabilices para inspirar – e informar – quem ama viajar. Já visitou 13 países. Todos os outros estão na lista!