Barcelona, pra mim, é doce, quente e musical. Com altos índices glicêmicos, graças à estadia regada a cafés da manhã em panificadora de bairro, cheia de madalenas, massas folhadas, donuts… (Babo só de lembrar!). Quente por conta dos quase 40 graus inesperados e sonora porque é impossível não cantar “bailando, bailandooo”, do Enrique Iglesias, cada vez que lembro das curvas da estrada que levam ao Parque Tibidabo – o parque da roda-gigante com vista panorâmica da cidade.
*** Pausa para dançar ***
Na capital da Catalunha, fiquei hospedada na casa de um casal de amigos. Cleiton e Lorena foram os responsáveis pelas idas e vindas. Passeamos os quatros dias do jeito que eu gosto: à-la-espanhóis. Com direito a refeições em restaurantes fora do circuito turístico e aconchego de família. Fizemos trajetos a pé, de metrô e de carro. Por isso não vou me ater à forma de locomoção, e, sim, ao que conheci ao longo de quatro dias.
Parque Tibidabo
Não à toa ele está no primeiro parágrafo desse texto. Foi, de longe, o lugar que mais curti na cidade. Não! Não é só porque é um parque de diversões – o que aguça meu lado criança. É pelo todo. O parque reúne roda-gigante (e mais alguns brinquedos súper legais), igreja e vista privilegiada. De longe, o melhor mirante do roteiro.
Do parque, a vista já é linda. Mas, do topo do Templo Expiatório do Sagrado Coração é espetacular! Como a Sagrada Família, de Gaudí, o templo foi construído com doações e levou 59 anos para ficar pronto. Depois de uma taça de vinho, foi emocionante sair o nível do mar e subir 541,80 metros acima, onde os santos (em esculturas) têm quase contato direto com Deus – é só esticar o braço que Ele nos puxa. Juro! Rs
O Templo tem capelas em andares distintos. Uma, no térreo, e outra, andares acima, onde são homenageadas, com vitrais, as santas das nações hispânicas. No topo, do topo, do topo, quando você não tem mais ar, é hora de encontrar Jesus. Literalmente!
Dica esperta: mesmo que seja verão, leve um casaquinho na bolsa. Lá em cima é bem gelado e venta bastante.
O Parque é afastado da cidade e não abre todos os dias, por isso, antes de ir consulte o site oficial. Lá, tem dicas também de como chegar.
Montjuïc
Quando o assunto é vista, o Montjuïc não fica pra trás. A primeira impressão – ao olhar para cima – é de “wow!!” e, depois de subir ao Palácio, ao olhar para baixo, “caraca!!”. É lindeza de todos os ângulos. Além do Palácio Nacional de Barcelona (que é sede do Museu Nacional de Arte da Catalunha), tem também jardim botânico, parque olímpico, um castelo medieval e a Fundação Joan Miró. Mas não vi nada disso! Conheci à noite, na chegada à cidade, com o charme das luzes e da trilha sonora providenciada pela galera jovem que sobe lá para curtir. Como cheguei muito tarde, não deu tempo de visitar o entorno. Voltaria fácil para comer alguma coisa gostosa e apreciar a vista.
Ah, no final da tarde rola a dança das águas! Mais informações aqui.
Parque Güell
Era pra ser um condomínio, no estilo dos parques residenciais britânicos. Essa era a ideia quando Antoni Gaudí foi contratado para planejar o Parque Güell. As obras começaram em 1900, mas, por N questões, a ideia não deu muito certo. Em 1926 passou a ser um parque municipal. Imenso e cheio de peculiaridades arquitetônicas: dos marcantes mosaicos a colunas romanas e construções curvilíneas. Para conhecer bem e com tranquilidade, reserve, pelo menos, meio dia. Ah, compre os ingressos antes. O limite de entrada é de 400 pessoas a cada meia hora. Portanto, planeje-se!
Dica esperta: protetor solar. Muito protetor! O Parque tem poucas áreas de sombra. E, no verão, é sofrível ficar no solão. (A echarpe nas fotos não é charme, não. Era para não ficar com marcas da blusa! Haha).
Veja os valores dos ingressos e horários de visitação aqui.
Bairro Gótico
Um dos lugares mais sensacionais da cidade. Levemente claustrofóbico, às vezes. (Tem ruelas por onde passam, no máximo, umas três pessoas lado a lado) Os prédios históricos, os tons escuros, as lojinhas alternativas. Tudo confere um ar de viagem ao tempo por ali. E é no meio disso tudo que encontrei o Cantinho Brasileiro. Hááá! Matei a saudade de comer coxinha! No cardápio tem também feijoada, picanha e outros pratos típicos da terrinha. (É super engraçado o quanto a gente sente saudade da comida do Brasil!).
Catedral de Barcelona
Perto do bairro gótico você encontra a Catedral de Barcelona. Uma visita que vale a pena. A igreja, que tem um estilo gótico clássico, não é tão popular quanto a Sagrada Família, mas tem preciosidades que vão além da própria história – como os restos mortais de Santa Eulália (uma das padroeiras de Barcelona. Leia mais aqui.. A entrada é gratuita.
Dica esperta: vá de calça. Não é permitido entrar vestindo shorts ou saia.
Las Ramblas
A avenida mais movimentada e colorida da cidade. Cheeeeeia de artistas de rua multi-talentosos e barraquinhas fofas, tipo essa, de flores, que está nas fotos. Caminhando por essa avenida você encontra prédios históricos como o Gran Teatre del Liceu. Pertinho dali, está a Casa Batló, de Gaudí.
Dica esperta: Fique de olho na bolsa. Dizem que roubos a turistas são frequentes. Não observei nenhum movimento estranho, mas, melhor prevenir, né?
Aquário de Barcelona
Sou suspeita! Adoro aquários. Então, adorei esse! São 450 espécies divididas em 35 aquários, incluindo os protagonistas tubarões. O passeio não muiiiiito é longo, mas leva umas duas horas – aproveitando bem – para conhecer tudo, tirar muitas fotos e se divertir no espaço para as crianças. Arram, fiz amabilices por lá. Haha
Dica esperta: em hotéis, restaurantes e outros estabelecimentos, existem cupons promocionais. É só você ficar atento. Nos próprios guias/mapas da cidade pode ser que você encontre o cupom. Com ele, ganhei 15% de desconto na entrada. (Todo euro economizado é bem-vindo!).
Barceloneta
De tudo que conheci, o que menos me surpreendeu (não me julguem) foi a praia. É uma praia ok. Os bares e restaurantes da orla são lindos e chiquérrimos, assim como tudo que tem no entorno. Mas a praia é só uma praia. Não crie expectativas!
Sagrada Família
Não sei, não conheci. Poderia escrever para a editoria Cai, não! mas vou adiantar aqui: compre ingressos antecipados. Fiquei quatro dias em Barcelona e não havia mais entradas disponíveis. Tive que me contentar com fotos da fachada.
Sitges
Nem te conto! Pensa num lugar que vale a pena conhecer! A começar pela estrada, que inclui as famosas (e intermináveis) Curvas del Garraf, às margens do Mediterrâneo. Sitges fica a 35 km de Barcelona e é uma praia muito peculiar. Antes da cidade em si, tem um poblo, com uma marina linda. (Nunca fui para a Grécia, mas juraria que lembra os ares de lá! Rs). A avenida beira-mar de Sitges tem vários restaurantes e barzinhos charmosos e o passeio pela cidade revela lojas, docerias e lindos prédios históricos. Me apaixonei pelo lugar! Foi como uma prévia da Itália! (Olhem as portas! Nunca ti tantas portas incríveis em um passeio).
Para encerrar vou dar uma dica valiosíssima! Lorena queria muiiiito que eu visse uma apresentação de Flamenco. E eu, que quase não gosto de danças típicas, super topei. Então fomos para o Hostel Casa Grácia. O ambiente é acolhedor. Antes da apresentação teve um jantar (chegamos só para a dança) e depois o Grupo Sarsalé deu um show de Flamenco. Impossível não se contagiar! Gostei tanto que Lorena me deu uma castanhola. Lembrança para inundar coração de alegria!
https://www.youtube.com/watch?time_continue=108&v=O5QAv2bmSjM
O Hostel Casa Grácia tem uma agenda bem interessante e várias programações são gratuitas. Confira aqui.
Para saber mais sobre o Grupo Sarsalé é só visitar o site deles, que está bem completinho – desde a história aos vídeos das apresentações!
É isso! Barcelona é encantadora! Em quatro dias é possível conhecer bastante lugares legais. Fora esses que citei, existem inúmeros outros pontos turísticos. Aí vale a pena pesquisar os que mais se encaixam no seu perfil de viagem.
Já foi para Barcelona?! Deixe as suas dicas nos comentários!!
Beijo!!
1 Comentário
Williamtok
Postado em 12:30h, 18 junhoThank you ever so for you forum post. Keep writing. Woon