O Lago Maggiore é um convite à mudança de conceito sobre lagos. Esqueça os lagos comuns. Estamos falando de mais de 200 km² de extensão. É muita água para banhar paisagens típicas de quadro-de-casa-de-vó. Sabe? O lago, a montanha, as flores, as casinhas? Esse é o cenário.
Itália e Suíça se esbarram pelas águas. É entre os dois países que o Lago Maggiore se divide: 80% em território italiano, 20% em terras suíças. Além das cidades que ficam no entorno, é possível visitar as ilhas – destaque para as ilhas Borromeu (Itália) e ilhas de Brissago (Suíça). MAS, como não consegui visita-las, abro espaço para os sortudos que já foram, falar sobre. Fica o convite!
Amábyle no Lago Maggiore
Como eu fui parar lá? Uma colega mora em Verbânia, na Itália, fez o convite para passar alguns dias da Eurotrip, ali, na fronteira com a Suíça. Acreditem: não há nada mais reconfortante durante uma viagem do que estar na casa de gente conhecida e querida.
Veneza – Verbânia
Fui de Veneza para Verbânia de trem. Só que, já aviso: não há uma “linha direta”. As passagens foram divididas Veneza – Milão (38 euros) | Milão – Verbânia/ Pallanza (16 euros). Até Milão, só alegria. Depois, era um trem intermunicipal, ruizinho e barulhento. Por sorte, o trecho é agradável com paisagens lindas. A Itália lembra bastante o Brasil, com seus campos verdes.
Cheguei à noite. Pouca visibilidade do lago, muita pizza. Para amenizar o friozinho (na fronteira, o clima estava mais gelado que em Veneza), o clássico italiano. Foi quando confirmei: todas as pizzas individuais são gigantes.
Não vou lembrar o nome da pizzaria, mas lembro algo bem legal… Gisele contou que ela havia sido comprada recentemente por um casal de chineses. E que essa era uma das tendências por ali: chineses, muitos deles, investindo na Itália. (Aí entraram teorias conspiratórias que, jornalisticamente falando, não vou compartilhar! Rs Mas que tornam tudo sempre mais interessante durante as viagens).
Verbânia não é uma cidade turística. Mas é bem curiosa. Com aproximadamente 30 mil habitantes, é feita de ladeiras. A casa da Gisele fica nos Alpes. Um luxo. Por ali, tem um mirante – ao lado de uma igrejinha – que é um primor. Daqueles pontos que só quem mora no lugar conhece, sabe? Olha essa vista!
A parte mais legal: Verbânia fica a 45 quilômetros de Locarno – uma das primeiras cidades da Suíça, entrando pela Itália. Dá para ir, tranquilamente, de carro. É preciso atravessar a fronteira, por uma aduana com policiais simpáticos. (Não sei se a simpatia tinha a ver com a placa do carro, da Itália, ou se era comum. Não tivemos problemas, o que me basta! Rs).
Pesquisei e descobri que – caso você não esteja com moradores locais – as exigências são as mesmas para os países que fazem parte do Acordo de Schengen. São elas:
– Passaporte (válido durante o período da estadia no espaço Schengen).
– Passagem de ida-e-volta dentro de 90 dias.
– Comprovante de recursos financeiros (cartão de crédito internacional, cheques de viagem, dinheiro em moeda corrente no país).
– Reserva de hotel ou carta-convite* (em um dos idiomas oficiais da Suíça) da pessoa residente na Suíça, quando se tratar de uma visita a convite.
Locarno – Suíça
A cidade é pequenina, mas cheia de charme. Palmeiras e flores contornam a calçada às margens do Lago Maggiore. Caminhando um pouco, se chega à Piazza Grande. Uma praça simpática, cheia de restaurantes, chocolaterias e lojinhas de souvenirs.
Pelas redondezas, é possível encontrar farmácias com produtos a preços bacaníssimos (comprei uma água termal da Avène por 5 francos), lojas de departamento (não sei se sou sortuda, mas comprei uma camisetinha fofa por 5 francos e um vestido por 7 francos) e supermercados – onde as batatas suíças (HÁ!) são vendidas pré-prontas!
Sobre a moeda… é possível pagar em euros – mas, saiba: o troco será dado em francos suíços. Foi por isso que fiz “compras”, para acabar com as minhas notas coloridas. Rs O mesmo vale para o Travel Money. Eles só fazem a conversão de francos para euros e passam o valor convertido. Não creio que seja uma diferença significativa.
Locarno fica na margem norte do Lago Maggiore. O que isso significa (além de ela ser considerada a Suíça italiana)? Que o clima por aqui é mais ameno que no restante do país.
Fiz um bate-e-volta, então não deu tempo para conhecer muito da cidade. No entanto, pesquisando aqui, descobri lugares sensacionais – e pertinho de Locarno – que me despertaram a vontade de voltar. Anota aí: Vale Verzasca e Vale Maggia. Dá pra ir de ônibus e, pelas fotos, vale a visita! Entrou para a wish list!
Se você tiver mais dicas sobre essa região, deixe seu comentário!
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