Você no Mundo

Descubra o MET, por Aravind Srinivasan | em português

Viajar é bonito e abre seu coração, mente e alma. Algumas vezes é libertador, noutras, educativo, pode curar e é sempre divertido. Os curiosos e aventureiros sempre gostam de viajar. Eu sou um pouco dos dois e procuro viajar sempre que posso. Há muito em comum entre os diferentes povos e culturas do mundo. Um ponto em comum é a curiosidade em experimentar, conectar e entender outros povos e culturas. Quando você viaja, você se conecta a almas similares à sua em todo o mundo. Especialmente nesses dias em que o mundo parece menor e mais encantador que nunca, a maioria dos pontos turísticos tende a ser um ponto de encontro para viajantes de todo mundo. E isso é muito visto em polos como Nova Iorque.

Quando você visita cidades grandes como Nova Iorque, os museus são algumas das maiores atrações. Um amigo meu, que vivia em Nova Iorque, diz que a cidade tem museus suficiente para te manter ocupado por todos os finais de semana durante um ano. Embora tenha muitos museus, há apenas UM MET. O Museu Metropolitano de Arte, também conhecido como “O MET”, é o maior museu dos Estados Unidos e um dos mais visitados do mundo. Ele tem muitas exposições interessantes e o andar que abriga a seção egípcia é incrível. Eles têm quase 26 mil artefatos de relevância artística e cultural distribuídos em mais de 40 salas que vão fazer com que você se sinta no Egito antigo. Não deixe de ver o Tempo de Dendur na ala da Sackler Wing, que é tão serena e espaçosa.

Embora a ala egípcia vá deixa-lo sem palavras, essa não é a única seção impressionante no MET. Você provavelmente não terá tempo suficiente para passear por todo o museu em algumas horas ou até mesmo durante um dia inteiro mas, para qualquer lado que você vá, você não irá se desapontar. A coleção de arte europeia é maravilhosa. Eu passei um tempo considerável na ala das artes islâmica e asiática. Antes de começar a visita, esteja certo de que você tem um plano de ação em mente para passar pelas seções que lhe interessaram. O MET é como um oceano em que você vai nadar com mais eficiência com um senso de direção que o ajude a ter uma experiência mais produtiva. Eu estava perdido na beleza da criatividade humana e do senso de vastidão da história humana quando um funcionário do MET educadamente tocou meu ombro para me avisar que o museu fecharia em breve. A diversão chegara ao fim, pelo menos nessa visita, e eu prometi a mim mesmo que voltaria em breve para visitar as outras partes do museu que não consegui ver nesse dia.

themetmuseum

Museus são experiências incríveis. Embora apreciar a arte mundial seja tranquilizante para a nossa alma, a jornada nesse museu nos leva a ver que a história compartilhada é igualmente intoxicante. Ainda que eu compreenda totalmente a existência do museu, não pude deixar de pensar sobre a forma como esses museus passaram a existir. Eles realmente cuidam muito bem das peças e obras de arte e fazem um trabalho sério, mas eu ainda não me sinto totalmente confortável com a ideia de ver esses artefatos todos no MET. Algum desses 26 mil artefatos egípcios não poderia estar no Egito, ao invés da 5ª Avenida? Há um pouco de egocentrismo nesses museus. Embora muitos dos itens sejam doados ou presentes de reis ou nações para outras nações, há aspectos da colonização, comércio “obscuro” de arte e até mesmo roubos (históricos) conectados a esses museus. Existem algo no fato de o melhor museu do mundo estar no oeste, com um rico passado colonial. Não é de admirar que você encontre artefatos incríveis de todo mundo – da Ásia à África, da América do sul à Mongólia – nos museus da Europa e Estados Unidos.

Ao mesmo tempo em que eu pensava sobre esses tópicos sérios e caminhava pelo museu, queria uma última foto minha em frente a um bonito arranjo floral no hall do MET. Encontrei a pessoa mais próxima de mim, entreguei meu celular e pedi a foto. Essa pessoa voluntariamente tirou ótimas fotos minhas. Eu agradeci e me apresentei. Ela disse que seu nome era Amábyle e foi assim que eu conheci a bela e talentosa fundadora desse site. Nós nos dirigimos à escadaria do MET e, nesse tempo, estava claro que compartilhávamos muitos interesses, incluindo a paixão pelas viagens e pela escrita. Foi fácil conversar com ela, dada a personalidade amigável e sorriso encantador. Ela é modelo, jornalista e uma mente criativa, mas, acima de tudo, ela é uma cidadã do mundo que ama todas as coisas boas da vida e as pessoas. E ela é também uma ótima fotógrafa, como é possível ver pela foto. Amábyle e eu conversamos um pouco e ela logo me pediu para escrever algo para o seu blog e eu aceitei.

Aquele encontro no MET, quando um cara indiano que vive nos Estados Unidos e uma garota brasileira se encontraram e surgiu a ideia desse artigo, é um microcosmo do que torna as viagens incríveis. Viajar abre as portas para pessoas de mente aberta e bem intencionadas se conectarem, trocarem experiências e expandirem seus horizontes. Então, amigos, essa é a moral desse artigo. Por favor, viajem sempre que puderem e, quando estiverem em Nova Iorque, visitem o MET. Pode ser que vocês não encontrem a Amábyle, como eu encontrei, mas vocês certamente terão uma experiência riquíssima! Um Feliz 2017 e que o ano novo traga mais e mais viagens e felicidade em abundância!

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Amabyle Sandri

Jornalista de viagens apaixonada por contar histórias. Criou o Amabilices para inspirar – e informar – quem ama viajar. Já visitou 13 países. Todos os outros estão na lista!