“Estou há dois (mil) passos do paraíso…”, cantarolaria, ainda em Salvador, na Bahia, antes mesmo de começar a tentar quantificar a distância até Morro de São Paulo. Afinal, as águas cristalinas, piscinas naturais coloridas pelos peixes a nadar em sutil coreografia e a exuberante mata formam o cenário que vem à mente quando se pensa na descrição de paraíso. Morro de São Paulo é assim: uma amostra, apurada, da cartela de cores e formas criadas, primorosamente, por Deus para nos impressionar. São paisagens que compactam até o mais extenso vocabulário. Sem elencar adjetivos, a ilha poderia se resumir aos “UAU´s” – que escapam, quase, sem perceber.
O destino é surreal. Tanto pela beleza, quanto pelo trajeto para chegar até lá. Sem rota sugerida pelo Google Maps, seria uma verdadeira incógnita, não fossem as dicas de quem já visitou. Então, vamos lá:
ONDE FICAR?!
Morro de São Paulo está na Ilha de Tinharé e pertence ao município de Cairu (o segundo mais antigo do Brasil). De avião – para voos regulares – a chegada é pelo Aeroporto Internacional de Salvador (SSA). Aí, o viajante decide o transfer que considera mais adequado.
COMO CHEGAR?
Existem três formas de chegar a Morro: por ar, terra e água – ou um combinado, o chamado transfer semi-terrestre (essa foi a opção escolhida pelo Amabilices). O receptivo contratado foi a TCH Turismo, de Salvador.
Semi-terrestre:::
– Van, do aeroporto ou hotéis até o Terminal Marítimo de Salvador (que fica em frente ao Mercado Modelo, um dos pontos turísticos da cidade);
– Lancha / Ferry Boat até a Ilha de Itaparica;
– Van, até o Píer Bom Jardim, em Valença;
– Lancha rápida até Morro de São Paulo.
Duração média: 3 horas
O trajeto inteiro – entre o Terminal Marítimo e a chegada a Morro – dura em torno de 3 horas. No entanto, com os transfers, caminhada e chegada ao hotel o período pode ultrapassar 5 horas. Reserve um dia apenas para deslocamento.
Terra::::
É possível ir de carro ou van até Valença, e, de lá, pegar uma lancha rápida até Morro.
Duração média::: 3 horas e meia
Água
Para os corajosos, é possível ir apenas por água. Os catamarãs saem de Salvador e vão – por MAR ABERTO – até Morro de São Paulo. O trajeto é mais rápido e é o que mais chacoalha também. Invista num remédio para enjoo.
Duração média::: 2 horas e meia
Ar
Outra possibilidade é ir de táxi aéreo. Com voos diários durante a alta temporada e duas vezes por semana na baixa temporada, a AeroStar oferece aeronaves com capacidade para 8 pessoas que levam os passageiros do Aeroporto de Salvador até o aeródromo que fica na quarta praia de Morro de São Paulo. O valor da passagem inclui o transfer da pista até a 2ª praia, passando pelo Patachocas Beach Resort.
Duração média: 30 minutos (de voo).
IMPORTANTE::: Planeje os horários de chegada a Salvador (se o plano for tocar direto para Morro). É que os horários são limitados. A última saída do Terminal de Salvador para catamarãs e lanchas, por exemplo, é às 14h30.
Sugestão1: Se hospede em Salvador e prepare a ida a Morro no período da manhã. Assim, você não corre o risco de ter o itinerário alterado por questões de horários ou maré.
Sugestão2: Contrate uma empresa para o transfer. O trajeto, por si, é “desgastante”, então quanto menos imprevistos, melhor.
Sugestão 3: Ao chegar em Morro de São Paulo, contrate o serviço de carrinho-de-mão para carregar a bagagem até o hotel. Valerá cada centavo. (O valor é de 10 reais para malas pequenas e 15 reais as malas grandes).
Sugestão 4: Se você está pensando em alugar um carro para fazer isso sozinho, repense. Em Morro não circulam carros. Logo, você terá que deixar o carro em um estacionamento em Valença – e pagar as diárias. Ou seja: não vale o investimento. Juro.
ONDE SE HOSPEDAR?!
Morro de São Paulo é dividida em quatro praias! As mais agitadas são a primeira e a segunda. A terceira é mais tranquila e a quarta é pacata. Tudo depende do seu perfil e do que você procura.
Me hospedei no Patachocas Beach Resort. Fica na quarta praia. É uma boa pedida para casais ou famílias em busca de tranquilidade. No entanto, é o mais afastado do agito. Para almoçar, jantar ou fazer os passeios, é preciso pegar o transfer disponibilizado pelo Resort.
Vantagem: é gratuito. | Desvantagem: você depende do horários disponíveis.
Para quem prefere algo intermediário (tranquilidade para dormir e proximidade dos bares e restaurantes), sugiro a Pousada Minha Louca Paixão, que fica na terceira praia – a alguns metros da segunda. Dá para ir a pé, sem nem cansar! rs
Se você quer se hospedar no “centro” do agito, sugiro a Pousada Villa das Pedras. Fica bem localizada, na segunda praia e tem um restaurante bem bacana – aberto para não-hóspedes também.
QUANDO IR?!
Se você procura agito, festas e muita gente, vá na alta temporada: de dezembro a fevereiro. Lembrando que o período entre terça e domingo depois da folia é conhecido como a Ressaca de Carnaval, ou seja, a galera curte em Salvador e emenda em Morro.
Para os que preferem calmaria, a recomendação é fugir dessas datas e de feriados. Quando a ilha vira o destino dos aventureiros. Já uma dica válida para todos os perfis de viajantes é: evite os meses de maio, junho e julho, quando as chuvas são mais frequentes.
Quanto à temperatura, fique tranquilo: a média anual é de 24 graus. A máxima fica na casa dos 30 graus e a mínima fica em torno de 20. Então, em Morro, literalmente, não tem tempo ruim.
O QUE FAZER?!
Tirolesa, stand up paddle, canoagem, trilhas, banho de argila, passeios de barco pelas praias ao redor e tudo que a natureza pode proporcionar. Morro de São Paulo é um reduto de belezas naturais. Logo, todas as opções oferecem um contato mais íntimo com o meio ambiente. No próximo post contarei os detalhes sobre os passeios!
Ao longo dos próximos posts, mostrarei mais sobre a infraestrutura do hotel, opções de restaurantes, informações sobre os passeios e outras dicas que podem ser úteis no seu planejamento! Acompanhem! Ahh, se tiverem uma dúvida específica, deixem nos comentários!
E, sugestão (a última, juro): solicite ao seu agente de turismo os produtos da Visual Turismo.
4 Comentários
Viviane
Postado em 20:12h, 17 outubroMuito bom o seu post!! Estou adorando. Me tira uma dúvida: você gostou do transfer semiterrestre? Deu tudo certo? Você fez reserva com antecedência? Desde já, muito obrigada pelas dicas valiosas!!
Amabyle Sandri
Postado em 00:25h, 26 outubroOi Viviane!!! Que ótimo saber disso!!! Gostei do semiterrestre, sim. Acredito que não aguentaria fazer ele inteiro pela água pela questão do enjoo! A opção do catamarã entrou na minha lista de nunca-tentar. rs Como fui com um grupo, a reserva foi feita com antecedência. Fiz o transfer e o passeio da volta à ilha com a TCH Turismo. O pessoal é bacana demais! Super recomendo!
Luciana
Postado em 19:25h, 01 janeiroOlá! Muito útil o seu post! Saberia me informar se existe mercado para compras básicas perto do Patachocas ou com acesso fácil na segunda praia? Vou viajar com crianças e sempre precisamos planejar…
Amabyle Sandri
Postado em 11:20h, 02 janeiroOi, Luciana! Tudo bom?! Fico feliz que o post tenha te ajudado! Perto do Patachocas, na época que eu fui, não tinha! Mas, na segunda praia tem, sim – na orla, inclusive. Bem fácil de encontrar. Para crianças, a piscina natural que forma na frente do Patachocas é perfeita!! Vocês vão amar! Você viu o post sobre o hotel?!