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O que aprendi no Festival Foz Gastronômico

O Belmond Hotel das Cataratas surpreende pela localização – é o único hotel dentro do Parque Nacional do Iguaçu – e pelos eventos, sempre marcados pela sofisticação e originalidade. O Blog Amabilices foi convidado para acompanhar a primeira edição do Foz Festival Gastronômico, realizado nas dependências do hotel, com a presença de chefs premiados com estrelas Michelin e dos chefs da rede Belmond do Brasil e do Peru.

A dinâmica do evento foi pensada de forma que o participante rodasse as principais aulas e, ao final do dia, jantasse (o jantar era opcional) os pratos preparados pelos chefs. Um primor!

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E, antes que você pense: “ah, mas as dicas são para pratos sofisticados, que fogem do dia a dia”, eu adianto: cobri o evento focada nas dicas que podem ser adaptadas à rotina dos leitores – e à minha, claro.

Vamos aos aprendizados!

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O chef Guilherme Vinha, do restaurante Tête à Tête, de São Paulo, revelou os segredos do ceviche perfeito – e as dicas são válidas para o uso dos ingredientes em outros pratos também. Por exemplo:

– Não se corta o limão no meio! E, o correto é tirar a parte branca.

– A ardência da pimenta está nas sementes e na parte branca (a “veia”). Para ter apenas o sabor, sem a ardência, basta retirar as sementes e a veia.

– O coentro deve ser desfolhado.

– O leite de tigre é feito com o caldo do peixe, caldo de limão, coentro e pimenta dedo de moça.

– A escolha do peixe tem a ver mais com a oferta da região do que com a fama dele. Por exemplo, no Paraná, a tilápia é mais adequada para o ceviche do que o linguado, porque o peixe é fresco!

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Sobre os queijos, no estande da Produtos DOC – empresa que trabalha com queijos e mel de produtores brasileiros – descobri que quanto maior o tempo de maturação do queijo, além de uma textura mais firme e sabor mais acentuado, menor é a quantidade de lactose. Por isso, o parmesão e o provolone são queijos que geram menos desconforto em quem tem intolerância a lactose.

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Já sobre as cachaças, o head of bars do Belmond Hotel das Cataratas, Nacir Zandona, revelou que a cachaça só pode ter essa denominação se for produzida no Brasil. E tem mais! O teor alcóolico para se considerada cachaça deve ser de 38 a 48 graus. Para saber se a bebida é de qualidade, incline o copo. A boa cachaça deixa um “arco” na superfície tocada.

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Para quem prefere um coquetel mais sofisticado, a Jéssica Sanchez, eleita a Bartender do Ano 2017 pela Veja Rio, ensinou três receitas simples que esbanjam sabor. Quer testar em casa?! Aposte no Grand Rickey. Lá vai a receita:

– 50ml Gim

– 20ml Xarope Gengibre

– 20ml Limão

– Gelo

– Água Tônica para completar

– 3 toques de Angostura

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“Ah, Amábyle, mas eu gosto mesmo é de vinho!”. Ok! Vamos aos aprendizados sobre vinho. Primeiramente: você sabia que o Brasil tem vinhos premiadíssimos? O 130 Brut, da Casas Valduga, foi criado para comemorar os 130 anos da Família Valduga no Brasil. O espumante venceu grandes prêmios e ganhou medalha de ouro no prêmio Effevercents du Monde – o mais importante concurso de espumantes do mundo. Ele é 70% chardonnay e 30% pinot noir e é próximo à champagne, num blend (mistura de uvas) com pelo menos 3 safras diferentes e mais de três anos de maturação sobre leveduras. É uma delícia!

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Que tal uma dica para entendedores – e não entendedores – de vinho sobre a forma correta de fazer a degustação?! O Márcio Moualla, da M.Moualla Winetwork, explicou que o correto é servir 1/3 da taça, incliná-la (a taça fica quase deitada em direção à boca), sentir o aroma (cheirando mesmo) e depois fazer com o vinho percorra a boca por 7 a 8 segundos – para que a bebida passe por diferentes partes da língua. Desta forma, você será capaz de identificar as sensações gustativas (e descobrir os aromas do vinho!). Outra dica super útil é oxigenar o vinho. Primeiro, o certo é esperar de 15 a 20 minutos após abrir a garrafa para servir as taças. Um decanter ajuda no processo. Aí, antes de apreciar a bebida, os movimentos circulares auxiliam na oxigenação – o que acentua o aroma.

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Essas foram algumas das dicas mais legais repassadas durante o Festival Gastronômico de Foz, realizado no Belmond Hotel das Cataratas. Para quem leu até aqui e está se perguntando: por que eu não participei?! A boa notícia é que uma vez por mês o hotel receberá chefs renomados para jantares degustação! O próximo evento é nos dias 17 e 18 de novembro, com o chef Rodrigo Queiroz, do Tre Bicchieri, de São Paulo.

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ANOTA AÍ: 

Belmond Hotel das Cataratas

Parque Nacional do Iguaçu

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Amabyle Sandri

Jornalista de viagens apaixonada por contar histórias. Criou o Amabilices para inspirar – e informar – quem ama viajar. Já visitou 13 países. Todos os outros estão na lista!