A exposição CASA COMUM, com instalações multimídias e experiências sensórias, no Futuros – Arte e Tecnologia, entre 10 de janeiro e 10 de março, é um acontecimento artístico inédito, ocupando todos os espaços, galerias e andares do edifício, com diversas obras e ambientes criados especialmente para o centro cultural, e oferecendo ao público múltiplas experiências. Dentre elas, sala imersiva, instalações inéditas, obras de vídeo-arte, experiência sonora, documentário sobre a vivência dos artistas na Amazônia, e uma escultura de uma anaconda gigante de 25 metros de comprimento. Pela primeira vez, o projeto–plataforma que vem sendo desenvolvido desde 2020 – e já circulou em grandes festivais pelo mundo, incluindo a COP 26, em Glasgow, Escócia, em 2021 – ganha escala de uma grande exposição coletiva. “CASA COMUM é um importante manifesto onírico espiritual vertiginoso, embaralhado, dessas muitas tecituras de sonhos e visões de cada artista envolvido, capturando essa ideia de casa comum como a coabitação de diversas criaturas, corpas e sonhos. Do trânsito amazônico entrelugares, florestas, cidades e rios, e do transversando entre ancestralidade presente e futuro, criando uma plataforma de escuta-aprendizado-amplificação de vozes”, diz o curador Renato Rocha.
Casa Comum é uma colaboração artística internacional, entre Renato Rocha, o estúdio digital londrino SDNA (Ben Foot e Valentina Floris) e 12 artistas amazônicos: Alcemar Vieira Sateré, André Sateré, Elizete Tikuna, Jaqueline Santos, Jayne Kira, Rafa Militão, Rafael Bqueer, Roberta Carvalho, Uýra, Valda Sateré, Verlene Mesquita, Wellington Dias, os cineastas Takumã Kuikuro, do Xingú, e Rafael Ramos, de Manaus, o artista sonoro Daniel Castanheira, do Rio de Janeiro, e a Galharufa Produções Artísticas.
Através da uma experiência híbrida, entre colaboração digital virtual e imersão presencial na Amazônia, com o povo indígena Sateré Mawé, ou melhor dizendo, nas Amazônias, num trânsito profundo entre floresta, rios e cidade, o grupo de artistas se lançou, tendo o audiovisual, o vídeo arte, a performance, as artes visuais, o vídeo performance e a arte sonora, como suporte para pensar a ideia do planeta como uma casa comum, a importância das vozes amazônidas e das cosmovisões indígenas para o planeta hoje, na produção de narrativas não hegemônicas que pensem a crise climática e humanitária que vivemos hoje no mundo.
“Por meio da cultura e suas múltiplas linguagens, o Futuros – Arte e Tecnologia busca engajar o público em debates e reflexões conectados com o nosso tempo. CASA COMUM abre a nossa programação em 2024 combinando arte, diversidade e urgência socioambiental com obras, debates e performances de artistas do norte do país. Assim, ao realizar esta exposição, um manifesto de vozes amazônidas e sua perspectiva da relação entre ser humano e natureza, reafirmamos nosso propósito de valorizar a diversidade de tradições e identidades, indispensáveis para construção de futuros mais sustentáveis, justos e inclusivos”, ressalta Victor D’Almeida, gerente de cultura do Oi Futuro.
CASA COMUM acontece em ocupação total do prédio do Futuros – Arte e Tecnologia, de 10 de janeiro até 10 de março, com ingressos gratuitos, de quarta a domingo, das 11h às 20h. O Futuros – Arte e Tecnologia está localizado na Rua Dois de Dezembro, nº 63, no Flamengo, Rio de Janeiro, próximo ao Metrô Largo do Machado.
Cartografia CASA COMUM | Manaus, Londres, Glasgow, Pará e Porto
O projeto CASA COMUM foi inicialmente (2020) financiado como projeto de pesquisa pelo British Council UK, através do programa Digital Collaboration Fund, que criou parcerias entre artistas britânicos e internacionais, durante a pandemia, desenvolvendo novas maneiras de colaborações virtuais. Os artistas Alcemar Vieira Sateré, André Sateré, Elizete Tikuna, Jaqueline Santos, Jayne Kira, Rafa Militão, Rafael Bqueer, Roberta Carvalho, Uýra, Valda Sateré, Verlene Mesquita e Wellington Dias, tiveram como cenário a maior floresta tropical do mundo. Percorreram rios, cidade e floresta. Ora na megalópole Manaus, ora na Comunidade Indígena do povo Sataré Mawé na Aldeia Waikiru, às margens do Rio Negro, ou mesmo dentro de uma embarcação num dia de viagem passando pelos rios Negro, Solimões, Amazonas, Tigre e Manaquiri, até ficarem isolados na floresta na vila Tupãna Mehua, os artistas performaram suas criações inspirados pelo que os cercava.
Londres, Inglaterra – JUL 2021: Casa Festival, Brixton Village Market, e em intervenções urbanas projetadas nas arquiteturas e espaços públicos em Shoreditch Park e Graham Street, na parte leste da cidade.
Glasgow, Escócia – NOV 2021: Destaque na Conferência do Clima, a COP26. Ocupação multimídia na Pipe Factory, além de dois painéis exclusivos sobre a Amazônia produzidos pelo projeto.
Pará, Brasil – DEZ 2021: Exibido pela primeira vez no Brasil, no Festival Amazônia Mapping, numa intervenção em vídeo-mapping de grande escala, no Forte do Castelo.
Porto, Portugal – JUL 2022: MIMO Festival – vídeo mapping em grande escala, vídeo instalação, performances e fórum de ideias com os artistas do projeto, numa parceria inédita com o Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.
A exposição CASA COMUM conta com patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Oi, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. A mostra integra a programação do Vem, Futuro!, projeto realizado pela Zucca Produções, com correalização de Futuros – Arte e Tecnologia e gestão cultural do Oi Futuro, que oferece uma agenda cultural diversificada no centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia. Os patrocinadores do Vem, Futuro! são a Prefeitura do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Cultura, Serede, Universidade Veiga de Almeida, Eletromidia, SANDECH Engenharia e Windsor Hoteis, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro.
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