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O que fazer em Pirenópolis, Goiás

Poderia ser pelas mais de 80 cachoeiras catalogadas, mas o nome de Pirenópolis não vem da água e, sim, da terra. Mais especificamente da serra que circunda a cidade. A inspiração tem a ver com a origem dos primeiros moradores. Espanhóis, provavelmente catalães, encontraram nos montes semelhança com os Pireneus – a cadeia montanhosa que divide a Espanha da França. A posição privilegiada, na borda do planalto central brasileiro, mescla as altitudes, acima de 1.200 metros, da borda leste com a depressão, a oeste, onde a altitude despenca para 700 metros. É a variedade da topografia que providencia a abundância de cachoeiras e temperaturas agradáveis.   

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A maioria das quedas d’água está em propriedades particulares. Nas entranhas do Parque Estadual da Serra dos Pireneus, a Cachoeira do Sonrisal é exceção. Contemplar a beleza desse ponto exige empenho na caminhada pelas trilhas. Da igreja cravada no alto do morro é possível admirar o pôr do sol. Mas esse visual aí eu não conferi pessoalmente. No roteiro enxuto, coube o Mirante do Ventilador – alternativa para quem procura belos cenários sem tanto esforço. Como o nome sugere, o vento é nativo. E cativa. Na beira da rodovia que leva ao parque, o mirante revela o cantinho urbano em meio à vegetação. Pequenininha, lá embaixo, Pirenópolis colore os morros com casarios e igrejas que ajudam a contar a história de Goiás.

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Tida como a primeira igreja do estado, a matriz Nossa Senhora do Rosário data de 1728. A construção como é hoje foi fruto de diversas modificações. Algumas, por necessidade, outras, por falta de opção. A mais recente é resultado da restauração realizada depois de um incêndio que destruiu o prédio em 2002. A igreja tem arquitetura colonial com decoração barroca. É considerada um projeto de vanguarda em termos arquitetônicos, uma vez que conta com claraboias para iluminação natural e tem a acústica aprimorada, pensada para a época em que as missas eram rezadas em latim, com o padre de costas para os fiéis. Na entrada da igreja, há um museu com peças originais anteriores ao incêndio e painéis que contam a história da (re)construção.

Religiosamente marcada no calendário de eventos de Goiás está a Festa do Divino – uma comemoração que dura cerca de 20 dias e começa logo após Pentecostes. No mês de junho, as ruas da Pirenópolis são tomadas por apresentações artísticas e culturais, como as folias da roça, da rua e do padre. Destaque para as Cavalhadas, uma encenação das batalhas medievais entre mouros e cristãos. A festa é considerada Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, listada no Livro de Registro das Celebrações do Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Portanto, se você está programando sua ida a Piri no mês de junho, reserve seu hotel com antecedência e vá preparado para encontrar bastante movimento.

Outra parada de cunho histórico e religioso é a Igreja do Carmo – transformada no Museu de Arte Sacra. Singela, a igreja contém obras e esculturas do século XVIII e está praticamente ao lado do ponto fotográfico reconhecido de Pirenópolis: a Ponte do Carmo, que era a ligação entre duas áreas de exploração de ouro. Ela foi construída no século 18, reconstruída em 1984 após uma enchente e reinaugurada no ano passado após ser revitalizada por artesãos e marceneiros locais.

Igreja do Carmo
Igreja do Carmo

Pertinho dali está a Rua do Lazer. É ela quem dá ritmo à noite de Piri. Lado a lado, restaurantes e bares atraem turistas em busca de gastronomia e diversão. Como a rua é fechada para veículos, o acesso é a pé, por um caminho de pedra (como o calçamento do restante da cidade) iluminadas por postes coloniais. Um charme!

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Como a cidade é tombada pelo Iphan desde 1990, o comércio é todo estruturado em casas que mantém as características originais. A sensação ao passear pelas calçadas estreitas ladeira acima ou abaixo é de estar numa deliciosa viagem ao tempo em que o artesanato eterniza a história contada em cada cantinho da cidade.

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Onde ficar | Pousada Luna Zen

Com uma vista de tirar o fôlego, a Luna Zen tem acomodações simples, porém aconchegantes. A pousada conta com uma área de lazer que inclui piscinas adultas e infantis, espaço para medicação, além de um charmoso salão para café da manhã. Os quitutes feitos com produtos típicos de Goiás e servidos no café são assinados pelo premiado chef Gilmar Borges.  

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Café assinado pelo chef.
Café assinado pelo chef.

Onde comer

Villa do Comendador

Inserida no roteiro charme de Piri, a Villa do Comendador é uma pousada que tem três restaurantes abertos para não-hóspedes:

  • Restaurante da Villa, especializado em cozinha goiana com pratos elaborados com produtos do cerrado;
  • Tsu Jiro Sushi, que oferece pratos típicos da culinária japonesa;
  • E a La Cantina Pizzaria com pizzas de massas finas e crocantes.

O telefone para mais informações é (62)3331-2424.

Pousada dos Pireneus

O resort, conhecido pela ampla estrutura de lazer, tem um restaurante aberto ao público. O Solar do Frota oferece opções de refeição buffet ou à la carte. Para mais informações, entrar em contato com a pousada (62)3331-7300.

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Onde ir

Refúgio Avalon (5 km de piri)

Recanto da paz, o local não recebeu o nome à toa. É um refúgio, no sentido literal da palavra, onde é possível se retirar do agito para curtir a tranquilidade das trilhas ecológicas, aproveitar um banho de cachoeira ou aprender mais sobre a natureza, num jardim sensorial com mais de 100 exemplares de plantas medicinais, condimentares e ornamentais. O espaço foi feito para induzir a reflexão, por meio de cantinhos como a pirâmide de energia e o Centro de Intercâmbio de Energias onde a gente deixa, por escrito, um desejo que será encontrado por outra pessoa daqui meses ou anos. O Refúgio Avalon é adaptado para pessoas com necessidades especiais.

Cachoeira do Abade (17 km de piri)

Para os amantes de cachoeiras, essa é uma boa pedida. A propriedade fica na rodovia dos Pireneus e é um exemplo de turismo responsável. As trilhas até as 4 cachoeiras são feitas de pedra e madeira, para minimizar o impacto ambiental. Além das quedas d’água – a que leva o nome da propriedade tem 24 metros de altura – você pode contemplar a vista de mirantes distribuídos pelos 2.500 metros de trilha ou ainda curtir o aquário natural e atravessar a ponte pênsil.

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Importante: chegue cedo – o acesso às trilhas só é permitido até as 14h (a propriedade fecha às 16h) e leve dinheiro, cartões não são aceitos.

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Salto do Corumbá (32 km de piri)

Um parque natural em meio ao cerrado, o Salto Corumbá é um complexo de lazer com hospedagem e atrativos naturais – e radicais. São 5 cachoeiras, entre elas o Salto Corumbá, conhecido pelos 50 metros de altura e por ter sido considerado um ponto obrigatório de visitação pela revista National Geographic. Outras possibilidades de lazer são as piscinas – com tobogã -, pescaria e passeio a cavalo. Quem prefere atividades radicais, o Salto Corumbá oferece rapel, tirolesa e bóia cross. O Parque funciona diariamente das 8h às 18h.

Cachoeiras dos Dragões (Monge) 40 km de Piri

Quem busca um circuito off, com trekking e trilhas de dificuldade moderada, vai se interessar pelas Cachoeiras dos Dragões – um conjunto de 8 cachoeiras numa região conhecida como Várzea do Lobo. Contraindicada para crianças, idosos e sedentários, a trilha de 4.5 km passa por trechos escorregadios e com muitas pedras. A orientação é fazer esse passeio acompanhado por um guia local, já que o acesso inclui a travessia de um rio entre outras variáveis. A recompensa – fora o banho de cachoeira – é a chegada no Mosteiro Zen Budista Eisho-Ji, onde é possível meditar em meio ao refúgio ecológico.

Esse é um passeio que eu não fiz nessa ida a Pirenópolis, mas que entrou na minha Wish List de Goiás!

E aí?! Tem mais dicas sobre Pirenópolis?! Deixe aqui nos comentários?!

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Nota: O Blog Amabilices visitou Goiás a convite da ABIH GO (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Goiás) em parceria com o Governo do Estado, numa Press Trip com o objetivo de apresentar o destino aos viajantes do Brasil – e do mundo!

2 Comentários
  • Daniele Santos
    Postado em 16:53h, 26 julho Responder

    Que vista é essa ein?!?!?! Amei o artigo.

    • Amabyle Sandri
      Postado em 23:31h, 31 julho Responder

      Goiás é linda! E Pirenópolis tem uma vista mais linda que a outra!!!! É um destino que vale super a pena!!!!

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Amabyle Sandri

Jornalista de viagens apaixonada por contar histórias. Criou o Amabilices para inspirar – e informar – quem ama viajar. Já visitou 13 países. Todos os outros estão na lista!