Calm down! Embora o título seja meio pesadão, não é para ficar paranoico! (Desfaça essa ruga aí no meio da testa!). Mas, é preciso saber: apesar de Buenos Aires ser considerada um cantinho europeu na Argentina (e a arquitetura não deixa negar!), a cidade demanda os mesmos cuidados que outras grandes capitais.
Por tradição, sempre carrego uma mochila, ao invés de bolsa. Isso vale para quando vou sair de manhã e voltar só à noite para o hotel ou, invariavelmente, para os dias em que a previsão do tempo acusa mudanças drásticas de temperatura. E, em Buenos Aires, isso aconteceu logo no primeiro dia.
Aí, não preciso nem dizer – em áreas de grande movimentação de turistas/moradores, coloque a mochila na frente, sempre. “Ah, mas isso é neura”, você pode estar pensando. Pode até ser! No entanto, todas as vezes em que insisti em colocar a mochila para trás, foram os próprios moradores quem me advertiram. Na dúvida, não há porque arriscar, não é mesmo?
Atenção, principalmente, quando estiver no Caminito, na Avenida 9 de Julio (depois de entardecer), na região da Praça do Congresso, na Praça de Mayo e, em especial, na rua Florida.
Passei por uma situação inusitada – mais relacionada à rotina das cidades do que à mochila. Pesquisei um endereço no Google Maps. Estava tudo perfeito: era um pouco longe, mas era, basicamente, uma reta e o dia estava lindo. Decidi ir a pé. No caminho, uma rua inteira em obras – a rua que era o trajeto principal do roteiro. Decidi arriscar. O espaço para caminhar era minúsculo e, uma vez nele, não dava pra sair. Naquele horário havia movimento, mas não sei se faria isso novamente. (Foram umas 7 quadras nesse percurso levemente claustrofóbico. Rs).
Sobre os táxis:
Esse alerta veio do motorista da Crucero del Norte, ainda no ônibus, na ida para Buenos Aires. Ele me avisou sobre taxistas “não oficiais” que trocam notas verdadeiras por notas falsas. Então, recomendou: caso precise de um táxi, escolha os rádio-táxis (que têm aquela identificação em cima!).
Eu sempre pergunto o valor antes de entrar no carro e verifico o trajeto pelo google maps. (Tá, sou meio exagerada. Mas, né?). Como as ruas são muito longas, além do número, diga também que o endereço fica entre “tal e tal” ruas. É importante dar referências. Aconteceu comigo: o taxista passou direto, mesmo eu falando que era ali o endereço correto. Na hora de pagar, negociei e só paguei o valor até o endereço certo. Fique esperto!
Não ande só com notas altas. É comum, ao “cambiar” receber notas de 100 pesos. Compre qualquer coisa no mercado ou nos kioskos confiáveis só para ter dinheiro trocado.
Á noite, peça para que o restaurante ou o próprio hotel chame o táxi. Se precisar escolher um táxi na rua, verifique se a identificação obrigatória (uma placa com nome, foto e dados do taxista) confere com o motorista. Essas informações ficam visíveis no banco de trás do passageiro.
No ônibus
Fique de olho na bolsa e esperto com pessoas muito prestativas. Na minha chegada à cidade, perdi o ponto de desembarque e tive que caminhar algumas quadras. Um rapaz se ofereceu para me acompanhar. Quando identifiquei a rua correta que dava acesso ao caminho do hotel, me despedi e entrei na Starbucks – muito embora ele tenha se disponibilizado para me acompanhar até o hotel. (Arram, claro!). Quando viajamos, estamos abertos a novas amizades, mas há de se ter bom senso.
À noite
Se você estiver hospedado no centro, evite caminhar à noite pelas ruas. Cogitei, inúmeras vezes, contrariar essa recomendação. Especialmente no dia em que fiz um tour pelo Palácio Barolo, que ficava a quatro quadras do meu hotel. No entanto, TRÊS pessoas com quem conversei falaram: “Quando você chegar na avenida, será, invariavelmente, assaltada”. Preferi não arriscar.
Outros bairros, como Recoleta e Palermo são muito mais tranquilos. Se informe sobre a região escolhida pelos comentários/reviews dos próprios hóspedes nos sites de busca de hotel e, uma vez lá, converse com o porteiro do hotel e com moradores sobre as indicações de segurança. Ninguém melhor para dar informações confiáveis do que quem mora no lugar.
Com esses cuidados, você certamente irá evitar dores de cabeça! A cidade não é, necessariamente, perigosa. Mas sempre é preciso estar atento!
Ah, e caso alguma coisa aconteça?
– Vá até a delegacia de polícia mais próxima.
– Comunique o furto (por isso, recomenda-se sempre ter uma cópia do documento no hotel, ou andar com a cópia e deixar a original no hotel);
– Caso você esteja sem documento ou cópia, solicite a Autorização de Retorno ao Brasil (ARB) no Consulado Brasileiro. O documento é gratuito. Se isso acontecer fora do horário de funcionamento normal do consulado, entre em contato com o plantão, pelo telefone (15) 4199-9668. Você precisará ter em mãos o documento obtido na delegacia, comprovando a nacionalidade brasileira.
Em Buenos Aires o telefone do Consulado Geral do Brasil é (15) 4515-6500. O endereço é Carlos Pellegrini 1363 piso 5.
O novo horário de atendimento (que começou a valer no dia 3 de abril de 2017) é o seguinte, de segunda a sexta-feira:
– assistência a brasileiros/ passaportes / atos notariais – 09:00 a 13:00,
– vistos – 14:00 às 16:00.
Não há necessidade de agendamento.
Vale lembrar que o telefone de plantão (o primeiro que indiquei no texto) é para casos considerados de urgência:
– falecimento ou desaparecimento
– hospitalização
– prisão
– impossibilidade de embarque em aeroporto em razão de furto ou perda de passaporte/carteira de identidade
– maus tratos/violência/sequestro
– catástrofe natural
Prontinho! Você está devidamente alertado sobre quais situações evitar para garantir uma viagem segura e tranquila!
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