Se concentre: busque todas as referências de palácios que existem na sua memória. Acrescente cores – amarelo, vermelho, azul -, traços da arquitetura árabe, neo-gótica, neo-clássica e muita história. Todos esses elementos existem e estão concentrados num só lugar: Sintra, em Portugal. A cidade que poderia abrigar todos os contos de fadas da Disney.
Patrimônio da Humanidade pela Unesco, desde 1995, a cidade, a paisagem e os palácios valem um dia (ou dois!) de passeio. Para quem está em Lisboa, a viagem é rapidinha: 45 minutos de trem. As saídas são da estação do Rossio e ocorrem a cada 15 minutos.
Embora a cidade fique perto de Lisboa, a principal dica é sair bem cedinho. Como eu estava de carona, saí tarde. Desci no centrinho, fiquei hipnotizada por uma padaria, gastei mais de uma hora experimentando lanches e doces (e comprei para comer depois!). Sobre os doces, anote aí: TRAVESSEIRO DE SINTRA. Coma! Apenas coma! Não tenho foto porque, claro, não deu tempo. Mas, adianto, a receita inclui massa folhada, açúcar e canela. Não preciso dizer mais nada, né?!
Voltando aos palácios… se tiver que escolher, escolha o Palácio Nacional da Pena, Castelo dos Mouros e a Quinta da Regaleira (indicação dos próprios portugueses). Programe a ida. As linhas de ônibus incluem paradas em todos os Palácios-Castelos-e-afins, mas cada passeio leva um tempo e é necessário voltar para o ponto e esperar o próximo ônibus. (Não faça igual eu que fiquei mil horas no Palácio e não puder visitar os outros. Ó o spoiler aí).
Palácio Nacional da Pena
Você certamente já viu fotos desse Palácio. É, provavelmente, o mais colorido entre os refúgios reais. Existe uma curiosidade muito válida: é um palácio de verão. Por que esse detalhe é importante? Porque eu fui no outono. Resultado? Ao invés do cenário das fotos da internet, o que encontrei foi esse cenário:
Neblina, vento, chuva e frio – muito frio. Claro, nada tira o encanto do Palácio que teve início com as ideias do rei D. Fernando II, que uniu os estilos neo-árabe, neo-gótico e neo-manuelino na reforma de um antigo mosteiro que ficava no topo da Serra de Sintra, a 500 metros de altitude. (Confissão aqui: durante a visita, como leiga, não soube distinguir todos esses estilos aí. Fato é que a mistureba rendeu a palácio um visual muito peculiar).
Ponto super positivo: a gente passeia livremente e bem pertinho dos objetos – diferentemente de outros palácios, onde não é possível se aproximar. Ah, nesse palácio está o primeiro chuveiro instalado em Portugal. Rs
Além do palácio, em si, a propriedade inclui jardins, capelas, estufas, lagos e grutas. Como eu sei disso? Porque pesquisei. No dia da visita, não consegui ver nada. A neblina impossibilitou o passeio. Ah, informação interessante: você compra o ingresso na entrada. Então é preciso pegar um ônibus para subir até o palácio. Tem gente que faz a pé. Não recomendo.
Sobre o ingresso, há a opção de ingressos combinados que, obviamente, saem mais barato. Clique AQUI para simular a combinação de atrações.
Para te ajudar na escolha do que visitar, ao invés de explicar com texto, vou postar as fotos do Castelo dos Mouros e da Quinta da Regaleira para que vocês entendam minha insistência no planejamento do dia em Sintra.
No site oficial você encontra informações sobre os DEZ pontos turísticos que podem ser incluídos no roteiro.
Acessibilidade: nota-se o empenho no projeto “Parques de Sintra Acolhem Melhor” que prevê o acesso e inclusão das pessoas com deficiência. Alguns palácios, como o de Pena, têm rampas e mecanismos que permitem a livre circulação. A sugestão, para um atendimento completo, é fazer uma consulta prévia e agendar os serviços. Saiba mais aqui.
Sintra é acolhedora, histórica e indispensável no roteiro de quem tem alguns dias em Lisboa. Se você tem mais dicas sobre a cidade, deixe seu comentário aqui embaixo! Beijos!
Sem Comentários